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Mesmo com o mercado em profunda crise, os imóveis de luxo estão liderando o crescimento da construção civil no Brasil, em diferentes cidades e Estados brasileiros, como São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, entre outras cidades. Ou seja, em cidades brasisleiras que recebem os empreendimentos mais luxuosos e caros de todos os tempos. 

Em três anos, a paisagem do luxuoso bairro Vila da Serra, entre Belo Horizonte e Nova Lima, ganhará novos formatos. Entre as montanhas, condomínios e mansões, que serão erguidos os as torres Apogée e L;Essence, os dois mais suntuosos edifícios do Estado de Minas Gerais.

Francisco Mattos, CEO da Somattos, construtora responsável pelo empreendimento junto com a Patrimar Engenharia, afirma que Belo Horizonte ganhará um empreendimento memorável, de padrão internacional e, dessa maneira, elevando o Imóvel de luxo em Minas Gerais. 


Com Valor Geral de Vendas (VGV) calculado em R$ 335 milhões, o complexo residencial prevê apartamentos de luxo com vista de 360; e plantas entre 480 (L;Essence) e 671 metros quadrados (Apogée), pé- direito de 3,96 metros e até 5 suítes. Algo tão exclusivo, com um conceito tão diferenciado para surpreender os mais exigentes interessados em adquirir um apartamento de luxo.


A construção do Apogée e do L Essence demonstra um movimento de forte expansão do setor de imóveis luxo no mercado imobiliário brasileiro.

De acordo com os dados mais atuais da Abrainc, Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias, o segmento de imóveis de luxo se descolou da indústria da construção civil e tem apresentado um desempenho de chamar a atenção.


Nos últimos doze meses, o número de lançamentos dos empreendimentos para pessoas de alta renda cresceu 69,6%  e, em geral, o mercado imobiliário, o avanço foi de 27,1%, com 88.620 unidades.

Os dados (números) da Abrainc são confirmados pelo Secovi, Sindicato da Habitação. Ou seja, de acordo com cálculos da Secovi, o mercado imobiliário de luxo cresce a um ritmo de 20% ao ano e, devido esse importante crescimento, fica evidente entender por que as grandes empresas do setor estão se dedicando, cada vez mais, aos imóveis avaliados em milhões de reais. É o caso da imobiliária Lopes, que lançará, no segundo semestre, um portal especializado em imóveis de luxo. O segmento terá mais de 5 mil ofertas de casas e apartamentos em áreas nobres de São Paulo, com valores acima de R$ 3,5 milhões. Segundo a empresa, esses empreendimentos somam cerca de R$ 20 bilhões em Volume Geral de Vendas. Os números da própria Lopes comprovam o potencial do mercado de luxo, que representou 10% das vendas da empresa no primeiro trimestre deste ano, mais do que o dobro dos 4% contabilizados em 2017.

O que mais atrai investimentos à indústria dos imóveis de luxo é o potencial de agregação de valor ao empreendimento. No caso das torres Apogée e L;Essence, segundo as construtoras, cada detalhe do projeto foi pensado para oferecer o máximo de exclusividade, como adega de vinhos, piscinas cobertas e descobertas com entrada direta para sauna, praça com lareira, playground com espaço kids, cinema, academias e espaço de relaxamento com sala de massagem.
;Com certeza, existe uma demanda reprimida para este segmento de luxo;, afirma o diretor comercial e de marketing da Patrimar, Lucas Couto. ;O cliente deste projeto é exigente, único e se preocupa com bem-estar e segurança. Procura algo que o impacte e surpreenda. São homens e mulheres, casados, classe AAA;, diz Couto. ;Para a concepção do La Reserve, por exemplo, buscamos referências até fora do país;, acrescenta Humberto Mattos, diretor-comercial da Somattos.

A Dávila Arquitetura, um dos maiores escritórios de arquitetura do país, foi responsável pelos projetos. ;A ideia, desde o primeiro contato, foi fazer um empreendimento de Primeiro Mundo;, diz Alberto Dávila, fundador do escritório. Além do paisagismo de Alex Hanazaki, o único brasileiro a ter um projeto reconhecido como o mais bonito do mundo pelo ASLA Professional Awards, o design de interiores foi concebido por Eliane Pinheiro, influente nome do mercado.
;Pela posição dos terrenos, conseguimos ter uma luminosidade natural do nascer ao pôr do sol, aproveitando todas as horas dos reflexos da luz nas montanhas que cercam o residencial;, destaca Eliane Pinheiro. À frente das negociações está Ricardo Pitchon, sinônimo do mercado imobiliário de alto luxo.


Em São Paulo, a construtora Setin está apresentando um residencial com apartamentos que custarão mais de R$ 9 milhões. O JL Life é um deles. São 3 opções de planta: tipo, penthouse e duplex. Além de equipados com o que existe de mais moderno em automação, os apartamentos são vizinhos do Parque do Ibirapuera, na região mais nobre da capital paulista. ;Traduzimos nossas quatro décadas de experiência em desenvolvimento de produtos imobiliários de alta qualidade;, destaca Antonio Setin, presidente da Setin Incorporadora. A Setin também está construindo o AD%2bD Jardim Paulista, com preços de R$ 4,9 milhões. São apenas 14 unidades em diversas opções de planta e um imenso terraço.


A expansão do mercado imobiliário de luxo não está restrita às capitais ricas do Sudeste, como São Paulo e Belo Horizonte. A construtora curitibana AG7 está construindo na capital paranaense aqueles que serão os mais luxuosos empreendimentos da cidade: o residencial Ícaro, que será entregue em fevereiro de 2019, e outro, ainda sem nome definido, em 2021.


Os apartamentos poderão custar mais de R$ 12 milhões, com plantas personalizadas e diferentes metragens, entre 315 e 840 metros quadrados. ;O comprador de um apartamento desse padrão está atento ao valor, não ao preço;, diz o CEO da AG7, Alfredo Gulin Neto. ;Antigamente, o negócio era empilhar tijolo e vender apartamentos, sem dar muita atenção aos detalhes, mas hoje esse modelo não funciona mais;, afirma o executivo.


O projeto, que ainda não recebeu nome, está sendo desenvolvido em parceria com a Triptyque Architecture. Com 130 metros de altura, o edifício é inspirado no design dos arranha-céus de Nova York e oferecerá vista de 360; da cidade. Com um Valor Geral de Vendas (VGV) de aproximadamente R$ 200 milhões, o projeto tem participação do arquiteto francês e sócio da Triptyque, Greg Bousquet.

Estamos redefinindo os conceitos de luxo em Curitiba e, com certeza, vamos avançar para novos mercados nos próximos anos;

Os lançamentos de imóveis para o público de alta renda cresceram mais do que o dobro da média do mercado acumulado em doze meses (maio de 2017 a maio de 2018)


Mercado de luxo: 69,6%
Mercado geral: 27,1%


Fonte: Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc)

 

Aquecimento do mercado de construção alavanca resultados do Grupo Normatel

Vendas da Normatel Home Center cresceram 25% no segundo semestre do ano passado. Conglomerado é composto pela Normatel Home Center, Normatel Incorporações e Normatel Engenharia.


O aquecimento da cadeia da construção civil durante a pandemia, impulsionado pela preocupação das pessoas em melhorar as condições dos lares durante as medidas mais rígidas de isolamento social, favoreceu os resultados do Grupo Normatel. Formado por empresas dos ramos de incorporações, engenharia e varejo, as vendas da Normatel Home Center avançaram 25% no segundo semestre de 2020 frente a igual período de 2019.

O dado surpreendeu até o diretor comercial e de Marketing do Grupo Normatel, Júnior Mello, que aponta que o resultado consolida a decisão de inaugurar mais uma loja em 2021: a Normatel Home Center Eusébio, com investimento de R$ 2,5 milhões.

 

“A pretensão era crescer 14% em 2020. Com a pandemia, crescemos 25% só no segundo semestre e o resultado do ano ficou empatado com 2019 devido aos dias que passamos fechados durante o lockdown”, detalha.


"Antes, aquela pessoa ia para casa apenas para dormir depois de um dia de trabalho. Com a pandemia, ele passou a trabalhar em casa, cozinhar em casa. Isso fez com que ela observasse, por exemplo, uma iluminação que está fraca, uma pintura que precisa ser retocada, uma elétrica que está com curto", detalha Mello.

 

 

Juro baixo deve manter aquecimento da construção civil em 2021


Setor celebra efervescência nas vendas e, com cenário macroeconômico favorável, está otimista para o próximo ano. Meta é criar 10 mil vagas de emprego


O juro baixo tem sido a chave para o sucesso da construção civil, setor que conseguiu atravessar, com firmeza, a espessa nuvem de incertezas no auge da pandemia da Covid-19.

Para muitos cearenses, o ano foi de comprar imóvel. De janeiro a outubro, para se ter dimensão, mais de 5,4 mil imóveis foram financiados no Estado, o melhor resultado neste comparativo desde 2016. O pico de demanda foi tão acentuado que causou um choque no mercado, ao ponto de levar à escassez de insumos, um problema que o setor ainda enfrenta.

Gargalos à parte, de acordo com Patriolino Dias, presidente do Sinduscon-CE, o cenário que se desenha para o ano que vem desperta otimismo.

Neste ano totalmente atípico de pandemia, como a construção civil foi influenciada?

Essa pandemia trouxe muitos prejuízos, não só econômicos, mas também de vidas que foram perdidas. Mas no mercado imobiliário, fomos favorecidos por alguns motivos. Primeiro, a Selic (taxa básica de juros) caiu a níveis nunca vistos no nosso País. A 2% (patamar atual da taxa) nosso mercado funciona superbem. Inclusive, no fim do ano passado, com a Selic ainda a 4%, a gente já via um crescimento no último trimestre de 2019, com alguns lançamentos e excelentes vendas.

Depois da pandemia, algumas pessoas que aplicavam em renda fixa, na Bolsa de Valores, começaram a olhar para a questão do imóvel; e também na pandemia, por conta da quarentena, as pessoas usufruíram mais de suas casas, viram as suas deficiências e qualidades. E esse conjunto de coisas fez com que algumas pessoas passassem a refletir e começassem a partir para adquirir imóveis.

No primeiro semestre, não se lançou praticamente nada, mas o estoque foi consumido. Hoje o estoque de Fortaleza caiu sensivelmente.

Outro ponto é que as pessoas partiram para a segunda moradia, para terem um lazer, uma vez que as viagens ficaram muito limitadas. E mais: algumas pessoas fizeram upgrade nos seus imóveis e agora a gente está tendo uma onda de lançamentos.

Em relação às medidas sanitárias, como foi a adaptação?


O risco de contaminação nas nossas obras é baixo. A gente não recebe público em geral, nossas obras são cercadas, muradas e ventiladas. E a gente adotou um protocolo que vem sendo feito em São Paulo, limitando a entrada de pessoas, aferindo a temperatura. Se alguém tiver algum tipo de sintoma, a gente encaminha pro médico e direciona o caso que necessitar para alguma unidade de saúde. Fornecemos álcool em gel, máscaras e todos os EPIs.

E tem uma peculiaridade no nosso setor: mesmo antes da pandemia, nossos funcionários trabalham de segunda a sexta, e sábado e domingo eles fazem bico. Então, nós fazemos um trabalho de orientação que é muito importante.

A quantidade de gente que pegou Covid foi pequena, e o percentual de mortalidade - e não necessariamente ele adquiriu no nosso canteiro - é de 0,01%.

De alguma forma, a pandemia acelerou os processos tecnológicos do setor?

Acho que a parte que acelerou bem foi a de cartórios. Eles estão começando a ficar mais ágeis. A parte de assinatura de contratos digitalmente, por exemplo. Os clientes conseguem visitar os nossos estandes virtualmente, com 3D, realidade virtual. E isso, com certeza, acelerou um processo que ocorreria em dois anos.

Em relação ao consumidor, o que tem mudado? Os interesses dos compradores mudaram em relação ao perfil do imóvel?

As pessoas logicamente querem mais espaço, porém, tem o fator de limitação financeira. Mas é fato que as pessoas têm procurado empreendimentos com melhor área de lazer, seja do Minha Casa Minha Vida até o altíssimo padrão. Outra coisa importante: alguns empreendimentos já estão saindo com espaço de coworking. Você tem algumas estações de trabalho que facilitam a vida de quem trabalha de casa.

O financiamento imobiliário disparou no Brasil. Em outubro, o crescimento foi recorde, de 84%. O juro tem sido o grande fator, mas há outras questões paralelas que ajudam?

A gente tá no exato momento que é propício para o consumidor adquirir imóvel, tanto é que zeraram alguns estoques de construtoras. Então, você tem preço anterior, de estoques que estavam prontos e são mais baixos, e você tem juro baixo. O melhor momento para comprar imóvel é este.

A questão do auxílio emergencial tem alguma relação com este crescimento?

É fato que tem muitas famílias que nem sequer tinham banheiro em casa. E com este auxílio você tem milhões de pessoas, numa escala enorme, que correram para adquirir cimento, tijolo, PVC para fazer pequenas reformas. E por outro lado, as indústrias estavam fechadas. Então você tem um desequilíbrio de oferta e procura. E aí o preço estourou. A gente teve um aumento exacerbado de insumos, sem um motivo concreto que justificasse. Tijolo praticamente dobrou o preço, aumento de 50% a 80%. A argila tem o mesmo valor, a energia, o salário do funcionário, o carvão, a lenha têm o mesmo valor... Por que é que aumenta tanto? Simplesmente por conta da demanda. Tivemos também aumento de cimento e aço, na faixa de 30%. E tem também o PVC, que está em falta. Então, apesar da parte boa, que é mais pessoas terem acesso, teve essa questão inflacionária, que ainda é um problema, e a falta de insumos para suprir.

Em relação ao mercado de trabalho da construção, como foi este ano e quais são as perspectivas?

Nós, inicialmente, estávamos até preocupados com esta questão. Mas com a reação do mercado, o emprego já vem melhorando. Para você ter uma ideia, no ano que vem, nós temos a previsão de criar 10 mil novos empregos na construção civil no Ceará.

Senado aprovou recentemente o Casa Verde Amarela, programa que substitui o Minha Casa Minha Vida. Qual a expectativa da construção em relação a isso?

O Casa Verde Amarela é uma continuidade do Minha Casa, com um novo nome. É essencial que nós tenhamos programas federais deste tipo para subsidiar a compra da casa própria. Ainda temos muitas pessoas que não têm condições de realizar o sonho da casa própria, e é importante que haja esse apoio público.

O cenário econômico para 2021 vem se desenhando de uma forma favorável? A questão do juro e da inflação está no radar?

Estamos otimistas. A inflação é uma preocupação, com certeza, mas me parece que isto vai melhorar. Tive a oportunidade de estar com o ministro Paulo Guedes e ele me disse que isto é uma coisa pontual. Esperamos que seja mesmo. Em relação ao juro, o patamar atual é o melhor cenário, claro, mas o nosso setor consegue ir bem até com uma taxa um pouco maior.

 

Construção volta ao patamar de 2007, escreve economista da FGV
Setor teve o pior resultado dentro da indústria, interrompendo retomada ensaiada em 2019

 

https://clubecorporativo.comunidades.net/super-pedreiro-1998825-12403

 


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