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🧠 1. Perspectiva macroeconômica geral
1.1 Crescimento do PIB
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Em 2024, o PIB cresceu cerca de 3,5 %, um dos melhores desempenhos da última década, segundo a FGV.
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Em 2025, no entanto, há sinalizações claras de desaceleração. O Ibre registrou +1,6 % no 1º trimestre em relação ao 4º trimestre de 2024, e +3,1 % interanual.
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A economista Juliana Trece projeta um crescimento de aproximadamente 1,9 % para 2025, bem abaixo dos 3,4 % de 2024.
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Razões principais: fim do impulso derivado da safra recorde, juros elevados, e a estagnação da indústria.
1.2 Setores em destaque
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Agropecuária: vem sustentando a economia com crescimento acima de 7 % em 2025, mas seu impacto já está se diluindo .
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Serviços: crescendo com moderação (~+0,3 % trimestral ajustado sazonalmente), mas ainda aquecidos .
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Indústria: apresenta sinais de estagnação ou leve retração, bem como os investimentos industriais sofrem com os juros altos.
2. Inflação e política monetária
2.1 Pressões inflacionárias
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O IPCA está acima da meta, em torno de 5,5 % a 5,6 % para 2025, e só deve recuar para cerca de 4,7 % em 2026, segundo projeções da XP.
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Segundo economistas da FGV e mercado, existe um preocupante risco de “dominância fiscal”, cenário em que os gastos do governo minam o esforço do BC de conter a inflação, que pode subir para perto de 6 %.
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Debate sobre Selic: atualmente em torno de 14,75 % a 13,25 %, a tendência é de manutenção desse nível restritivo, com possível ajuste marginal em junho/julho.
2.2 Credibilidade do BC
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Economistas da FGV, como José Júlio Senna, alertam que a troca de comando no BC e incertezas quanto ao estado das contas públicas pressionam as expectativas de inflação.
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Uma postura firme do BC é vista como essencial, mas o avanço de medidas fiscais expansivas pode manter a inflação elevada .
3. Política fiscal e contexto político
3.1 Novo arcabouço fiscal
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O governo Lula implementou um novo arcabouço em agosto de 2023, com limites para crescimento de gastos entre 0,6 % e 2,5 % real.
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A meta de zerar déficit primário em 2024 foi mantida, mas provavelmente será descumprida, dada a postura expansionista .
3.2 Conflitos no Congresso
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Em 26 de junho de 2025, o Congresso rejeitou o aumento do IOF proposto pelo governo, o que evidencia uma tensão crescente entre Executivo e Legislativo.
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Em resposta, a AGU recorreu ao STF no mesmo dia (1º de julho) para manter o decreto. Esse tipo de conflito reforça a instabilidade fiscal e pesa na confiança de agentes econômicos.
3.3 Nova política industrial (Nova Indústria Brasil)
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O panorama industrial pode ser influenciado positivamente pelo programa “Nova Indústria Brasil”, implementado desde 2024, com investimentos de R$ 300 bi até 2026, via BNDES, Finep e Embrapii, visando reindustrialização e inovação tecnológica.
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Embora bem-intencionado, analistas questionam sua eficácia, citando histórico de políticas anteriores pouco duradouras .
4. Cenário externo e riscos
4.1 Protecionismo internacional
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O recrudescimento do protecionismo global, especialmente dos EUA, traz riscos à exportação brasileira, sobretudo de aço, alumínio e etanol.
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Ainda que as tarjas possam "dar certo" em âmbito global, elas são prejudiciais ao Brasil .
4.2 Desaceleração global
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A economia mundial mostra sinais claros de freada em 2025, o que reduz demanda por commodities brasileiras.
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A combinação de cenário global fraco e juros internos altos diminui a atratividade de investimentos no Brasil .
5. Indicadores de inflação e preços
5.1 IGP-M
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O IGP‑M está em acumulação de 7 % no ano, com variação interanual de 8,5 %, conforme dados de maio/2025 da FGV.
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Esse índice eleva o custo de contratos corrigidos por aluguel, energia, planos de saúde e serviços.
5.2 IPCA e inflação subjacente
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Conforme mencionado, as expectativas para o IPCA ↗ 5,5‑6 % mantêm o ciclo de juros elevados até que haja convergência para a meta (~4,25 %).
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Pressões vindas da demanda persistem, apesar de choques pontuais de oferta (alimentos, combustíveis) terem arrefecido .
6. Perspectivas para o restante de 2025
6.1 Crescimento econômico
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A queda gradual do ritmo de crescimento é esperada: +1,9 % para o ano, com possível aceleração em 2026 caso os incentivos fiscais ganhem força .
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No 2º trimestre, a consolidação do resultado do 1º trimestre (+1,6 %) e o desempenho da esperada safra indicam leve tração, mas com risco de retração industrial.
6.2 Cenário monetário
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Selic deverá permanecer elevada (~14 %), em função de inflação persistente e incertezas fiscais.
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Se o governo avançar com estímulos ou amplia gastos públicos, o BC poderá elevar ainda mais a taxa para conter pressões inflacionárias.
6.3 Política e eleições
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Conflitos como o torno do IOF e a disputa entre Executivo, Legislativo e Judiciário sinalizam ambiente político turbulento.
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O cenário eleitoral de 2026 também traz incerteza, podendo estimular ações expansivas para popularidade, elevando os riscos fiscais.
7. Síntese do cenário atual (1º de julho de 2025)
Tema | Situação Atual | Tendência | Risco |
---|---|---|---|
PIB | Crescimento sólido em 2024 (+3,5 %), mas desacelerando (1T25 +1,6 %) | ~1,9 % em 2025 | Recessão |
Inflação | IPCA em 5,5‑6 %, IGP‑M com inflação acumulada | Decrescente, mas acima da meta | Fiscal expansionista — dominância |
Selic | 13‑14,75 %, política restritiva | Mantém para controlar inflação | Recessão |
Fiscal | Novo arcabouço, mas déficit fiscal persistente | Expansão prossegue | Crise fiscal |
Setores | Agro firme, serviços resilientes, indústria frágil | Reindustrialização lenta | Emprego? |
Risco externo | Protecionismo e desaceleração global | Presente e afeta exportações | Exportações, câmbio |
8. Conclusões e visão prospectiva
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Curto prazo (próximos meses): tendência de crescimento moderado (1‑2 %), sem recessão abrupta, mas com inflação persistente acima da meta e juros mantidos.
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Médio prazo (até 2026): Risco de “dominância fiscal” é real — a política monetária, isoladamente, não controlará inflação se houver expansão fiscal desenfreada.
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Eleições 2026: podem acelerar o consumo via medidas populares, mas elevam ainda mais o risco inflacionário e minam credibilidade fiscal.
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Cenário externo: protecionismo e desaceleração global prejudicam as exportações e fragilizam os termos de troca.
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Políticas estruturais: iniciativas como o "Nova Indústria Brasil" podem atuar como contrapeso no longo prazo, mas seus efeitos ainda são iniciais e dependem de continuidade e investimento real.
📌 Em resumo:
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Economia brasileira neste início de julho está num patamar de crescimento moderado, com alguns diferenciais positivos (agro, serviços), mas stagnante no setor industrial e de investimento.
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Inflação permanece acima do esperado, sugerindo juro alto prolongado.
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Política fiscal é o principal ponto de vigilância: uma possível escalada nos gastos pode minar a ação do Banco Central e elevar os prêmios de risco.
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Cenário global cauteloso reduz o fôlego da economia nacional para sustentar novos ciclos de crescimento.
Essa visão é compartilhada por economistas da FGV (como Juliana Trece, José Júlio Senna), pelo mercado financeiro (XP, Banco BV), e analistas do IBRE — todos alinhados na avaliação de desaceleração, inflação elevada e incertezas fiscais/políticas.
Para acompanhar indicadores em efeito:
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Monitor do PIB mensal (FGV Ibre)
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IGP‑M e IPCA (FGV e IBGE)
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Ata do Copom e declarações do BC
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Debates legislativos sobre fiscal
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